Conservação

 

a proteger o búzio-d’obô

Sobre o Búzio-D’Obô

 As florestas das ilhas de São Tomé e Príncipe, no Golfo da Guiné, acolhem várias espécies de caracóis e lesmas únicos. Entre estes podemos encontrar um gigante único, o Búzio-d’Obô Archachatina bicarinata.  Esta espécie é culturalmente importante para as pessoas,  com um longo historial de apanha para alimentos e uso na medicina tradicional. Uma vez abundante localmente, tem sofrido um grave declínio contínuo em ambas as  ilhas durante as últimas décadas.  A espécie é afetada por várias ameaças, como a apanha excessiva, a degradação da floresta, a introdução  nas ilhas  do búzio-vermelho Archachatina marginata  e a ocorrência de uma doença que parece afetar as populações tanto no selvagem como no cativeiro.

Curiosidades

Comparado com outras espécies da mesma família, este caracol tem uma taxa de crescimento muito lenta e produz ovos muito grandes (do tamanho de uma azeitona!). Vive no  Obô, a floresta nativa das ilhas onde outras espécies curiosas  ocorrem  exclusivamente  também , como a rara Columna spp. ou  as pequenas  Thomea newtoni  e  Thyrophorella thomensis. Na floresta, os caracóis ajudam principalmente a reciclar nutrientes, alimentando-se de materiais orgânicos em decomposição  e as suas conchas fornecem cálcio a outros caracóis ou predadores.

O Nosso Recente Progresso

Para atuar para a conservação do Búzio-d’Obô e de outras espécies, construímos recentemente um pequeno Centro para estudar a ecologia da espécie e sensibilizar o público local e internacional, realizamos workshops para produzir o “Plano de Ação do Búzio-d’Obô 2021-2025” e para atualizar o seu estatuto de Conservação na Lista Vermelha da IUCN (em colaboração com a Fundação  Príncipe). A informação sobre o estado de conservação das outras espécies de caracóis e lesmas endémicos é muito escassa, mas através de pesquisas recentes estamos a progredir!